Trabalho na educação há 10 anos. Já trabalhei com crianças, jovens e adultos na EJA, em escolas públicas e particulares, no ensino tradicional e também através da educação popular. Tem muitos motivos pelos quais a educação me encanta, mas um dos maiores é observar (e aprender muito) como as crianças aprendem.
Claro que, independente da linha pedagógica que usamos, é papel do educador guiar o aprendizado da criança. Mas ele não pode ser o detentor do saber. É preciso confiar na infância!
E as crianças têm uma maneira única de absorver o mundo ao seu redor. Elas aprendem brincando, sem medo de errar, e sua curiosidade é o que as faz aprender rápido e de maneira consistente, sempre com espaço para errar, mudar e aprender cada vez mais.
Só que a gente vai virando adulto e tudo precisa ser cético, rápido, rígido.
Fazer X aulas de Inglês por semana, durante x horas, aprender x, y e z coisas.
Não pode fazer através de jogo, não pode se divertir, não pode isso, não pode aquilo.
É mole? Quem realmente aprende com tamanha rigidez?
"Brincar é coisa séria", já dizia Piaget (grande pensador da educação). E se a gente deixasse de lado tanta rigidez e passasse a aprender brincando, como fazem as crianças?
Existem tantos jogos, brincadeiras, desafios e ferramentas que podemos relembrar lá de quando éramos crianças e trazer para a vida atual... A infinidade é tão grande!
Trazendo para o nosso assunto em comum, que é o aprendizado de Inglês, podemos fazer um jogo de forca com palavras, uma amarelinha com os números em Inglês, charadas e adivinhas, caça-palavras, charadas... Tanta coisa! O que você gostava de fazer quando criança e como pode adaptar para sua vida agora?
"Ah, Carol, mas eu vou fazer isso sozinho?" talvez seja uma pergunta que você está se fazendo agora. Bom, você já é adulto e consegue sim fazer sozinho, mas não precisa, né? E de que vale aprender um novo idioma se você não o usa para falar com pessoas?
Você pode chamar seus parceiros de imersões na TALKNTALK, se for facilitador, pode puxar uma imersão com esses jogos e se ainda achar que as pessoas não vão dar muita bola porque se acham "adultas demais", sugiro a leitura do livro Palavra de Criança, em que a Patrícia Gebrim nos convida a "adotar uma adulto ranzinza". Vai chegando com carinho, com jeitinho, brincando junto que você, aos poucos, vai conquistando. Igual quando criança chega para pedir pra brincar.
E, antes de tudo, vamos nos permitir a abraçar a nossa criança interior. Como você tem cuidado da sua? Ela ainda se diverte, ou o "mundo rígido e cheio de cobranças" a engoliu por completo? Eu desejo que não...
Fica esse desafio: em sua próxima imersão da TALKNTALK, ou durante seus estudos em Inglês (ou o idioma que quiser), te convido a chamar sua criança interior para brincar e aprender junto com você. Depois, encontre outros adultos que celebram e cultivam suas crianças e os chame para brincar também. Provavelmente, o aprendizado será mais leve, gostoso e, ainda por cima, duradouro.
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