Uma das lembranças que tenho bastante clareza participando do TNT foi do momento em que o Phillipe explicava como era a metodologia da Ih, Aprendi!, em inglês e, de repente, saiu da boca dele "You have to expose yourself".
Havia pouco tempo que eu tinha começado a participar, me sentia cada vez mais à vontade no ambiente, mas aconteceu tão rápido que eu sempre ficava me perguntando quais as razões daquilo ter dado certo. Era curioso que eu estivesse avançando, sem saber ao certo como.
Quando escutei sobre o "expose yourself" tudo fez sentido!
No começo dos encontros, eu me sentia nervoso, esquecia tudo que queria dizer com receio de ser julgado, medo de fazer as construções das frases errada mas, aos poucos, fui ganhando confiança pra sempre romper esses bloqueios iniciais.
Cada conversa era uma tensão diferente, expectativa de conversar sobre os temas propostos e sentir essa exposição de nós mesmos para o aprendizado do idioma. E a animação de perceber que, aos poucos, a língua está sendo cada vez mais absorvida.
Toda essa miscelânea de sensações me fez refletir bastante sobre os detalhes do processo de aprendizagem e em como essas emoções se conectam na experiência.
O ciclo de exposição contínuo nos dá cada vez mais firmeza para lidar com a expectativa, medo do desconhecido e ansiedade e, assim, o autoconhecimento desperta. Conduz e aperfeiçoa ferramentas para lidar melhor com a situação de uma novidade contínua.
Esses fatores nos dão uma sensação de protagonistas e condutores autônomos da nossa educação. A mudança de uma forma passiva para uma forma ativa de adquirir conhecimento.
É assim que me sinto ao participar do TNT e percebo que os outros participantes do projeto compartilham do mesmo sentimento e empolgação. É um grande laboratório aprender com os erros conjuntamente, afinal é errando que se aprende.
Essa coragem de se expor para aprender com os erros me lembra muito uma entrevista de um educador que gosto bastante, Rubem Alves, em que ele diz que o “corpo deseja aprender, pois ele deseja viver" e o impulso que move o conhecimento é o impulso espontâneo da vida.
Filosofias à parte, eu convido os leitores a experienciar esse ambiente que será um misto de emoções mas que o resultado, com certeza, será recompensador.
Sem contar as histórias que escutamos, conexões e os amigos que fazemos....ah, os amigos que conhecemos por meio do TNT...isso merece um texto próprio.
Amei o texto, Endel! Estou adorando essa experiência no TNT. Um projeto lindo que me emociona, nos faz pertencentes ainda mais no idioma inglês que jamais desejo perdê-lo. Gratidão ao Phillipe, a todos os colaboradores e amigos.
Senti isso na pele agora nesse final de ano. Meu nível de inglês é o Upper intermediate e fui convidado a ministrar um curso de 5 dias para um grupo de russos, com tradução simultânea...foi desafiador, para dizer o mínimo.
Endel conseguiu colocar em palavras o que eu acredito ser muito difícil de fazer: explicar o que é o TNT! Parabéns pelo texto!