Hoje eu começo com um questionamento: você sabia que, dependendo do tema, é possível aprender muito mais do que apenas o idioma com a imersão da TALKNTALK?
Pois é, aqui na TNT, além dos cursos de idiomas e das comunidades no site e nas redes sociais, temos o grande carro chefe de interação entre os talkers: AS IMERSÕES!
Com duração de uma hora cada e guiada por um host e um tema definidos por ele, as imersões são espaços para trabalharmos as habilidades de escuta e fala no idioma estudado, além da autoconfiança, que é muito importante para o processo de fluência. Porém, junto com o idioma é possível aprender novos conhecimentos.
Hoje eu farei um relato pessoal de uma imersão que participei esse mês e achei muito interessante, e também vou falar um pouco sobre o tema em questão.
Quando eu vi o tema Pride no planner, na hora imaginei que seria outra pessoa LGBTQIAPN+ a guiar a imersão. No entanto, para a minha surpresa, a host era uma mulher cis hétero. E considero isso MUITO legal e importante, uma vez que, costumeiramente, vemos apenas membros da comunidade falando sobre o tema a fim de combater o preconceito. Confesso que fiquei surpreso, mas depois fiquei feliz porque é justamente isso que precisamos normalizar: conversas sobre todos os assuntos de forma respeitosa e, conforme a anfitriã da conversa demonstrou, com genuíno interesse em aprender. Com base em algumas perguntas que ela separou para a imersão, falarei sobre algo que eu abraço e carrego comigo: Pride/Orgulho 🌈
O mês do orgulho nasceu nas primeiras horas de 28 de junho de 1969, após frequentadores de bares gays e lésbicos do bairro Greenwich Village reagirem às diversas repressões, cada vez mais violentas, que a polícia de Nova York vinha acometendo contra a população local. E no ano seguinte, 1970, vários protestos e paradas foram feitos para comemorar esse um ano de revolta da “comunidade gay”, como era chamada na época. Posteriormente, foram fundadas organizações ativistas nos EUA e no mundo buscando igualdade de direitos de homens gays e mulhes lésbicas. Atualmente, no mês do orgulho, comemoramos as diversas formas de expressão de amor, identidade de gênero, orientação sexual, visibilidade, aceitação e ainda na luta por direitos. Isso explica um pouco o motivo da sigla que lá nos anos 80 era apenas GLS, hoje ser LGBTQIAP+.
Os símbolos que nos representam possuem um importante significado na promoção de visibilidade e orgulho, podendo ser bandeiras, músicas consideradas como hinos, figuras importantes tanto na mídia quanto na política e história. Abaixo seguem alguns dos símbolos mais conhecidos e importantes para a comunidade (no meu ponto de vista):
1. Bandeira arco-iris: simboliza a diversidade e o orgulho da comunidade, Ela foi atualizada mais recentemente para representar as diversas identidades de gênero além de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros, como as pessoas queer, intersexuais, assexuais, pansexuais, não-bináries e tantas outras. Por isso é importante o estudo que ativistas e militantes fazem para poder REPRESENTAR todos igualmente.
2. Bandeira Trans: com o tempo, as diversas identidades criaram as suas próprias bandeiras (gay, lésbicas, bissexuais etc). Mas, sendo um homem gay cis, acho importante ressaltar a bandeira que representa a comunidade transgênero em nosso pais, pois é aqui é o lugar que mais mata pessoas trans no mundo ao mesmo tempo que consome conteúdo adulto de mesmo tema.
3. Fíguras públicas: Freddie Mercury, Cazuza, Elton John, Pabllo Vittar, Rupaul, Fabiano Contarato, Erika Hilton, Jean Wyllys, Duda Salabert, Clodovil, Rogéria, Jorge Lafond (Vera Verão), Renato Russo, Cássia Eller, Ney Matogrosso, Marco Nanini, Sandra de Sá, Glória Groove, Ludmilla, Sam Smith, Demi Lovato, e muito mais.
(Quanto mais, melhor!)
Mesmo tendo grandes membros e a cada dia surgindo mais pessoas assumidamente LGBTQIAP+, ainda assim a nossa comunidade sofre com as mazelas do preconceito e do medo do diferente. Vemos em nosso país, e no mundo também, políticos lutando para destruir os direitos que “recentemente” conseguimos como o casamento homoafetivo, o acesso à informação sobre questões de saúde voltadas para a comunidade e leis que possibilitem o acesso de pessoas trans à universidade e concursos públicos, aumento de terapias que prometem a cura gay. Por esse motivo, é muito importante que mais pessoas se sintam seguras em assumir quem de fato são, para quem está escondido possa ver que está tudo bem sair do “armário/esconderijo”, que não estamos sós mais e que o mundo está bem diferente do que já foi um dia, e que todo apoio é bem-vindo.
E é nesse sentido de conversar, conhecer, aprender mais sobre a nossa história, dor, conquistas e lutas, que as pessoas heterossexuais podem ser simpatizantes e apoiadores da causa, principalmente buscando um mundo melhor para os que virão, pois eles podem ser seus filhos, sobrinhos, netos. Apesar de termos inúmeras obras que contam alguma história a cerca da nossa luta, recomendarei abaixo alguns que gosto muito e acredito serem merecedores da sua atenção:
[Filme] “Orações para Bob”, que conta a história de uma mãe religiosa que rejeita o seu filho gay e este trava uma grande batalha para se entender e que tem uma reviravolta muito linda;
[Curta] “Hoje eu não quero voltar sozinho”, disponível no Youtube, conta a história de um adolescente cego descobrindo suas emoções e sentimentos pelo seu colega de classe;
[Filme] “Hoje eu quero voltar sozinho”, uma adaptação do curta anterior para o cinema;
[Série] “Pose”, fala além dos temas da comunidade LGBTQIAP+ (gênero, sexualidade) sobre subcultura ballroom, vivência negra e latina e o começo da pandência HIV/AIDS nos anos 80/90;
[Livro] “O preço de ser diferente”, aborda os problemas e desafios de ser homossexual de Romero desde à infância até a vida adulta, principalmente a questão de rejeição familiar.
Esses são um ótimo ponta pé para reflexões e a partir deles buscar mais conteúdo para absorver e aprender. E, como você pode perceber, tudo isso surgiu do estímulo que uma conversa gerou. E esse é o poder da imersão, conversar sobre um tema diferente a cada dia/semana em OUTRO IDIOMA de forma natural, estimulando também a busca pelo tema conversado tanto em português quanto no outro idioma. Por exemplo, no meu caso, eu não lembrava como falar algumas identidades de gênero e quando fui pesquisar vi que a maioria é super parecida com o português, como “asexual”, “pansexual”, “transsexual”, "non-binary" e até mesmo dizer a sigla em inglês porque não era usual no meu dia a dia.
Termino essse post reforçando o que disse no meu texto anterior, que as imersões da TALKNTALK muitas das vezes são como conversas de bar, você vai falando, trocando experiência, aprendendo algo novo e não percebe o tempo passando. Quando percebe, infelizmente já é a hora de dar tchau!
E se me permitem dar uma dica, aqui vai: quando participar de uma imersão, anotem tudo o que não souberem para pesquisar depois, isso facilita muito memorizar o que novo conteúdo. E também se for algum tema corriqueiro, você pode soltar as famosas “I don’t remember/know this word, do you know?” ou “how can I say this?” para que alguém te ajude a concluir sua fala. Mas é bom lembrar que esse é um ambiente livre de julgamento e correções como em escolas tradicionais. Somente se for solicitado é permitido ajudar o coleguinha.
Para conhecer os cursos, ver os temas no planner, acessar as comunidades, agendar a sua imersão e aprender muito com a TALKNTALK, basta clicar aqui: https://www.talkntalk.com.br/ e prepare-se para uma jornada de experiências, trocas e aprendizados!
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